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Abraços Partidos (Los Abrazos Rotos), de Pedro Almodóvar (Espanha)

Por Carlos Augusto Brandão 

Abraços Partidos, de Pedro Almodóvar, é um filme que fala sobre o poder, culpa, ciúmes e, acima de tudo, traz sua inconfundível assinatura com cores, referências, lances tragicômicos e muitas homenagens. 

O filme segue a história de amor de um diretor de cinema, Mateo Blanco (Lluís Homar), pela atriz Lena, mulher de um industrial poderoso, o magnata Ernesto Martel (José Luis Gómez). Lena é interpretada por Penélope Cruz, no seu quarto filme com Almodóvar.

Blanco se apaixona por ela durante as filmagens deChicas y Maletas, uma revisita a Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, um dos maiores sucessos do cineasta espanhol. 

Abraços Partidos começa quando Blanco já está cego e é cuidado por Judith, uma produtora e o filho desta, Diego. Deixou uma história para trás e quer sobreviver com outro nome, usando o pseudônimo de Harry Caine.

O novo filme de Almodóvar não deixa também de criticar a atual realidade de seu país. Fica evidente nas atitudes de Blanco um paralelo com a Espanha de hoje e a forma como lida com as marcas da ditadura franquista.

Embora Abraços Partidos  esteja longe de ser seu melhor filme, as metáforas almodovarianas mostram um cineasta maduro que acaba de completar 60 anos, aparentemente, cada vez mais cônscio de sua psique.

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