Os melhores filmes de 2017
Por Mario Abbade
Apesar de não ter entrado para a história pelo número de ingressos vendidos, o ano de 2017 foi marcado por uma vasta produção de qualidade, nacional e internacional. O Brasil viveu uma crise econômica e política, mas não cinematográfica. A produção fértil gerou enorme dificuldade em eleger os 10 mais. A ACCRJ normalmente faz a eleição em dois turnos, com um terceiro para se chegar ao melhor filme do ano. Desta vez, foram necessários cinco turnos. No primeiro, 38 longas foram selecionados. “A chegada”, “Sieranevada”, “Neruda”, “Invasão Zumbi”, “O apartamento”, “La la land”, “Manchester à beira-mar”, “A qualquer custo”, “Toni Erdman”, “John Wick – Um novo dia para matar”, “Eu não sou seu negro”, “Moonlight – Sob a luz do luar”, “Logan”, “Silêncio”, “Fragmentado”, “T2 – Trainspotting”, “Paterson”, “Além das palavras”, “Cidadão ilustre”, “Corra!”, “Z – A cidade perdida”, “Frantz”, “Dunkirk”, “Em ritmo de fuga”, “Lady Macbeth”, “Bingo – O rei das manhãs”, “Os últimos dias em Havana”, “Como os nossos pais”, “It – a coisa”, “Uma mulher fantástica”, “Mãe!”, “Blade Runner 2049”, “Detroit – a rebelião”, “Bom comportamento”, “Terra selvagem”, “No intenso agora”, “A criada” e “O outro lado da esperança”.
Depois de muito debate e defesas fundamentadas, foi possível chegar finalmente a uma lista com os 10 principais filmes de 2017, do qual “Dunkirk”, do britânico Christopher Nolan, foi escolhido o melhor do ano. Os outros vêm em ordem alfabética: “A qualquer custo”, de David Mackenzie; “Blade Runner 2049”, de Denis Villeneuve; “Como nossos pais”, de Laís Bodanzky; “Corra!”, de Jordan Peele, “Eu não sou seu negro”, de Raoul Peck; “Logan”, de James Mangold; “Moonlight – Sob a luz do luar”, de Barry Jenkins; “No intenso agora”, de João Moreira Salles; e “Terra selvagem”, de Taylor Sheridan.
Os homenageados serão três, com seus respectivos filmes: o ator Nelson Xavier (“Comeback: Um matador nunca se aposenta”, de Erico Rassi) e os diretores Andrea Tonacci (“Já visto jamais visto”) e George A. Romero (“Despertar dos mortos”). As iniciativas cinematográficas contempladas foram a Sessão Vitrine Petrobras, pelo fomento de filmes nacionais e o Reserva Cultural, pelo incentivo à cultura cinematográfica em Niterói.
A mostra Melhores Filmes do Ano reúne opções para diferentes gostos, e todos os filmes e homenagens contarão com debates com integrantes da ACCRJ - uma ótima oportunidade para o público expor suas ideias, mostrando se concorda ou não com os críticos. Nos vemos lá.
Mario Abbade
Organizador da Mostra e Secretário Geral da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ)