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Os melhores filmes de 2021

Por Mario Abbade

Com a vacinação, os cinemas voltaram a funcionar. De início, com capacidade reduzida, adoção de vários protocolos de segurança e salas quase vazias. Conforme a pandemia foi baixando de intensidade, o público aos poucos foi retornando. Por causa disso, em sua reunião para deliberar e votar democraticamente os melhores filmes do ano, as homenagens e os destaques, a Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ) manteve a participação de longas-metragens exibidos por “streaming”. Foram considerados todos os filmes lançados no Brasil entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2021. 

A reunião, realizada por videoconferência no dia 5 de fevereiro de 2021, também elegeu a diretoria da entidade para o biênio 2022-2023. Ricardo Largman é o novo presidente; Ana Carolina Garcia, a vice-presidente; Ana Rodrigues, a secretária-geral; e Mario Abbade, o tesoureiro. O Conselho Deliberativo inclui Myrna Brandão, Marcelo Janot, Luiz Fernando Gallego, Daniel Schenker e Rodrigo Fonseca, tendo como suplentes Celio Silva Júnior e Tatiana Trindade. O Conselho Fiscal reúne Luciana Costa e Ricardo Cota, tendo Carlos Brito como suplente.

Algumas características da eleição não mudaram: foram necessários quatro turnos, nos quais cada participante votou em seus preferidos para que se chegasse a um veredito sobre os 10 melhores. “Amor, sublime amor” (West side story), de Steven Spielberg (EUA, 2021), foi eleito o Melhor Filme do Ano. 

Os outros nove títulos são (em ordem alfabética): “Ataque dos cães” (The power of the dog), de Jane Campion (Reino Unido/Canadá/Austrália/Nova Zelândia, 2021); “Cry macho: o caminho para redenção” (Cry macho), de Clint Eastwood (EUA, 2021); “Deserto particular”, de Aly Muritiba (Brasil, 2021); “Druk - Mais uma rodada” (Druk), de Thomas Vinterberg (Dinamarca, 2020); “Judas e o Messias Negro” (Judas and the Black Messiah), de Shaka King (EUA, 2021); “Meu pai” (The father), de Florian Zeller (Reino Unido/França/EUA, 2020); “Nomadland” (Nomadland), de Chloé Zhao, (EUA, 2020); “O último duelo” (The last duel), de Ridley Scott, (EUA/Reino Unido, 2021); “tick, tick… BOOM!” (tick, tick… BOOM!), de Lin-Manuel Miranda (EUA, 2021).

Outros filmes chegaram ao segundo turno da votação, mas não foram eleitos por faltar apenas um voto. São eles (em ordem alfabética): “A crônica francesa” (The french dispatch), de Wes Anderson (EUA/Alemanha, 2021); “A mão de Deus” (É stata la mano di Dio), de Paolo Sorrentino (Itália/EUA, 2021); “Bela vingança” (Promising young woman), de Emerald Fennell (Reino Unido/EUA, 2020); “Duna” (Dune: Part one), de Denis Villeneuve (EUA/Canadá, 2021); “Homem-Aranha: Sem volta para casa” (Spider-Man: No way home), de Jon Watts (EUA, 2021); “Infiltrado” (Wrath of man), de Guy Ritchie (Reino Unido/EUA, 2021); “Minari: Em busca da felicidade” (Minari), de Lee Isaac Chung (EUA, 2020); “Não olhe para cima” (Don’t look up), de Adam McKay (EUA, 2021); “Noite passada em Soho” (Last night in Soho), de Edgar Wright (Reino Unido, 2021); “O Esquadrão Suicida” (The Suicide Squad), de James Gunn (EUA, 2021); “Quo vadis, Aida?” (Quo vadis, Aida?), de Jasmila Zbanic (Bósnia e Herzegovina/Romênia/Áustria, 2020); “Verão de 85” (Été 85), de François Ozon (França, 2020).

Os homenageados póstumos são: os atores brasileiros Paulo Gustavo e Paulo José; o ator francês Jean-Paul Belmondo; e o diretor americano Richard Donner.

O título de Melhor Iniciativa Cinematográfica de 2021 foi concedido ao produtor cultural Sérgio Henrique da Silva da Silveira, conhecido como Gargamel, pelo projeto Cine Vielas, que exibe filmes em becos e ruelas da comunidade do Vidigal, na Zona Sul carioca, criando espaços para receber a plateia infantil e compartilhar a cultura cinematográfica. 

Apesar de todas as dificuldades, a ACCRJ confirma o seu compromisso com o público e vai debater os Melhores Filmes do Ano, seguindo todos os protocolos de prevenção à covid-19, no mês de Março, nas salas do Espaço NET Botafogo e do Estação NET Botafogo, em Botafogo. Que 2022 seja cinematográfico, com filmes interessantes. E um ótimo ano para todos os cinéfilos.

 

Mario Abbade

Organizador da Mostra e Tesoureiro da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ)

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