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Os Melhores Filmes de 2022

Por Mario Abbade

Como no ano passado, a Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ) manteve a participação de longas-metragens exibidos por streaming. A reunião deliberou e votou democraticamente os melhores filmes do ano, as homenagens e os destaques. Foram considerados todos os longas lançados no Brasil entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2022.

 

A reunião, realizada por videoconferência no dia 7 de janeiro de 2023, manteve as mesmas características das eleições passadas: foram necessários cinco turnos, nos quais cada participante votou em seus preferidos para que se chegasse a um veredito sobre os 10 melhores. “Drive my car” (Doraibu mai kâ), de Ryûsuke Hamaguchi (Japão, 2021), foi eleito o Melhor Filme do Ano.

 

Os outros nove títulos são (em ordem alfabética): “Argentina, 1985”, de Santiago Mitre (Argentina/Reino Unido/EUA, 2022); “Batman” (The Batman), de Matt Reeves (EUA, 2022); “Belfast”, de Kenneth Branagh (Reino Unido, 2021); “Elvis”, de Baz Luhrmann (EUA/Austrália, 2022); “Licorice Pizza”, de Paul Thomas Anderson (EUA/Canadá, 2021); “Nada de novo no front” (Im Westen nichts Neues), de Edward Berger (Alemanha/EUA/Reino Unido, 2022); “Não! Não olhe!” (Nope), de Jordan Peele (EUA/Canadá/Japão, 2022); “Pinóquio por Guillermo del Toro” (Guillermo del Toro's Pinocchio), de Guillermo del Toro (França/México/EUA, 2022); “Top Gun: Maverick”, de Joseph Kosinski (EUA, 2022). O melhor filme brasileiro foi “Eduardo e Mônica”, de René Sampaio (Brasil, 2022).

 

Outros filmes chegaram ao segundo turno da votação. São eles (em ordem alfabética): “A ilha de Bergman” (Bergman island), de Mia Hansen-Løve (França/Bélgica/Alemanha/Suécia/México/Brasil/Reino Unido, 2021); “A pior pessoa do mundo” (Verdens verste menneske), de Joachim Trier (Noruega/França/Suécia/Dinamarca, 2021); “Armageddon time”, de James Gray (EUA/Brasil, 2022); “Benedetta”, de Paul Verhoeven (França/Bélgica/Países Baixos, 2021); “Crimes do futuro” (Crimes of the future), de David Cronenberg (Canadá/Grécia/Reino Unido, 2022); “Glass Onion: Um mistério knives out” (Glass onion), de Rian Johnson (EUA, 2022); “Mães paralelas” (Madres paralelas), de Pedro Almodóvar (Espanha/França, 2021); “Medida provisória”, de Lázaro Ramos, Flávia Lacerda (Brasil, 2022); “O homem do norte” (The northman), de Robert Eggers (EUA/China/Reino Unido, 2022); “O telefone preto” (The black phone), de Scott Derrickson (EUA, 2022); “Spencer”, de Pablo Larraín (Reino Unido/Alemanha/EUA/Chile, 2021); “Trem-bala” (Bullet train), de David Leitch (Japão/EUA, 2022); “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo” (Everything everywhere all at once), de Dan Kwan, Daniel Scheinert (EUA, 2022).

 

Os homenageados póstumos são: o jogador de futebol Pelé e o diretor Jean-Luc Godard. Num ano de grandes perdas, destacamos também os diretores Arnaldo Jabor e Peter Bogdanovich, os atores Milton Gonçalves e Sidney Poitier, o humorista Jô Soares e a cantora Elza Soares, por suas preciosas contribuições para as artes.

 

O título de Melhor Iniciativa Cinematográfica de 2022 foi concedido ao cineasta e educador carioca Clementino Junior. Fundador do Cineclube Atlântico Negro, o pesquisador contribui de maneira valiosa para o cinema e para a formação de jovens cineastas pretos.

 

Apesar de todas as dificuldades, a ACCRJ, confirmando o seu compromisso com o público, planeja a exibição de alguns dos filmes eleitos com debate, no final do mês de fevereiro, na sala do Estação NET Botafogo, em Botafogo. Que 2023 seja cinematográfico, com filmes interessantes. E um ótimo ano para todos os cinéfilos.

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