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Melhor Filme: Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country For Old Men), de Ethan Coen e Joel Coen (EUA)

Por Carlos Augusto Brandão

Onde os fracos não têm vez, de Joel e Ethan Coen, é uma explosão do cinema atual, no bom sentido do termo, unindo filosofia, humor negro, violência, mas principalmente muito talento. O filme é baseado no best-seller de Cormac McCarthy, que realizou um tratado sobre padrões de violência na cultura do oeste americano. 

A história começa com Anton Chigurh (Javier Bardem), um matador psicopata que é suspeito de ter praticado um novo crime.  Ao ser detido por um policial, Chigurh o estrangula com suas algemas na delegacia e foge utilizando um carro da própria polícia. Logo depois, rouba na estrada outro carro de um motorista, após também matá-lo com uma arma de abater bois. Ed Tom Bell, o xerife local - interpretado por Tommy Lee Jones - é o homem que vai fazer a ligação de Chigurh com outro personagem central do filme, o caçador Llewelyn Moss (Josh Brolin).

A maneira pela qual a narrativa avança é chocante e é praticamente impossível antever o que pode acontecer a seguir. Bardem - com uma caracterização diferente - está ótimo no papel, criando um dos vilões mais memoráveis e originais em anos recentes.

Embora fiéis à essência do livro, os Coen mantiveram a assinatura que vêem solidificando no gênero de crime desde o seu primeiro filme Gosto de Sangue (Bloody Simple), que tem uma grande proximidade com este novo trabalho, além de outros momentos encontrados em Ajuste Final (Millers Crossing) e Fargo. O título do filme - e do livro - é tirado do poema do irlandês W. B. Yeats "Sailing to Byzantium", que começa com a frase "That is no country for old men...".

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