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BUGSY - Pinta de mocinho, alma de vilão


Annette Bening e Warren Beatty

Com pinta de mocinho, alma de vilão, charmoso, truculento e incapaz de ser contrariado, Warren Beatty parece ter se divertido muito na representação de Benjamin Siegel, gângster da pesada, tido como um dos idealizadores de Las Vegas, e que odiava ser chamado de Bugsy, título do filme de 1991, que rendeu ao ator sua quarta indicação ao Oscar na categoria (e não levou).


Com direção de Barry Levinson, roteiro de James Toback, música de Ennio Morricone e o próprio Beatty na linha de produção, “Bugsy”, quase 30 anos depois, ainda ostenta os requintes de uma realização que concorreu a oito Oscars, incluindo filme e direção, e levou “apenas” os de direção de arte e figurinos.


Seu maior trunfo – a entrega e adequação de seu astro principal – continua evidente, mas o megalomaníaco e delirante Bugsy, tão atraído pelo dinheiro como pelos holofotes de Hollywood (consta que teria feito um teste de elenco), não teria a mesma força sem seus bons e maus companheiros que incluem Harvey Keitel, Ben Kingsley, Eliott Gould, divididos entre a reverência e causas próprias. Apesar de embates “de homem para homem”, Bugsy padeceu mesmo nas mãos de Virginia Hill (Annette Bening), aspirante a atriz e tão destemida como o mais fiel dos capangas. Do encontro nas telas, Beatty, até então mulherengo inveterado, casou com a parceira. Beatty-Bening vivem até hoje felizes para sempre com quatro filhos.


Com algumas liberdades em relação à história real (Bugsy teria sido apenas parceiro da ideia de construir o cassino The Flamingo), o epílogo bate forte na mitologia do homem empreendedor, independentemente dos métodos. Algo como “rouba, mas faz”.


Warren Beatty – Uma Rajada de Charme

De 25 a 31 de março na Cinemateca do MAM


28/3 – quinta-feira – 18h Bugsy, de Barry Levinson (EUA, 1991). Com Warren Beatty, Annette Bening, Harvey Keitel.

Drama/Biografia. Sinopse: O mafioso Bugsy troca Nova York por Hollywood, e se apaixona pela cidade e pela atriz Virgina Hill. Obcecado com a ideia de construir um luxuoso hotel-cassino em pleno deserto, ele dá origem a Las Vegas, mas sua credibilidade já não é a mesma. Dez indicações ao Oscar, incluindo melhor filme, diretor, ator (Warren Beatty) e trilha sonora (Ennio Morricone). Ganhou por direção de arte e figurinos. 136 min. 14 anos.



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